Na Covilhã, a vigília frente ao edifício da Câmara Municipal juntou mais de 200 profissionais das forças de segurança, que contaram com o apoio de quem estava de serviço.
As reivindicações são comuns aos colegas de outros pontos do país, mas no interior há problemas com impacto significativo
“A gente espera que o Presidente da República e todos os políticos passem a ação, e passem a ver as forças de segurança como um investimento, não uma despesa. (…) No interior há um envelhecimento muito mais acentuado dos efetivos, o que está a criar problemas”, diz Leonel Silva, da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia.
A atribuição do suplemento por risco concedido apenas à Polícia Judiciária foi a gota de água que trouxe à tona o descontentamento geral.
PSP, GNR e também os guardas prisionais queixam-se de discriminação por parte do Governo.
"Era importante para os polícias sentirem que o Presidente está com eles"
O presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) questionou o silêncio de Marcelo Rebelo de Sousa em relação aos protestos das forças de segurança. Em entrevista ao jornal Público e à Renascença, Armando Ferreira considerou que a lei que proíbe o direito à greve dos agentes ultrapassa o que está definido na Constituição.
“Era importante para os polícias sentirem que também o Presidente da República está com eles não só por um texto, mas por uma palavra pública”, disse o Armando Ferreira.