Alberto João Jardim, antigo Presidente do Governo Regional da Madeira, defende que Miguel Albuquerque continue em funções, mesmo depois de ser constituído arguido.
"Vejo muito teatro para poder falar", afirma, acrescentando que está, sim, preocupado com o que se passa no país.
Questionado pela SIC se Miguel Albuquerque deve continuar em funções, responde prontamente:
"No meu entendimento, deve, sim senhor. Ninguém pode estar à mercê do que passa pela cabeça (...). Está eleito, ninguém provou nada contra ele, que eu saiba, até agora. Suspeita-se arranja-se até aqui na loja", refere, entrando dentro de casa.
Já Miguel Albuquerque voltou a reforçar esta quinta-feira que não se irá demitir e que está à procura de se defender "sem estigmas". Disse ainda estar de "consciência tranquila".
O Presidente do Governo Regional da Madeira foi constituído arguido numa investigação a suspeitas de crimes de corrupção e prevaricação.
Na sequência das buscas, foram detidos Pedro Calado, presidente da Câmara do Funchal, e ainda dois gestores: Avelino Farinha, líder do Grupo AFA, e Custódio Correia.
Em causa estão factos ocorridos a partir de 2015, suscetíveis de consubstanciar crimes de atentado contra o Estado de direito, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio, abuso de poderes e de tráfico de influência.
Segundo as suspeitas, Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, e Pedro Calado, presidente da Câmara do Funchal, facilitaram obras e terão sido recompensados por isso.