A Autoridade de Saúde está a investigar a qualidade de uma refeição servida na segunda-feira no Agrupamento de Escolas da Bemposta, em Portimão. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o que aparentam ser parasitas numa posta de peixe frito.
No próprio dia que esta refeição foi servida, os representantes dos pais de uma turma do 6.º ano pediram explicações à escola e denunciaram o caso a várias entidades.
À SIC, vários pais contam que os filhos não conseguiram comer o peixe.
“Não comeu porque viu logo as amigas a identificar o problema. Comeu o arroz, mas mesmo assim teve dores de barriga”, conta uma encarregada de educação.
“Não comeu porque o peixe lhe cheirou mal e logo a seguir viu a situação no prato da colega”, conta outra.
Um terceiro encarregado de educação diz ainda que o seu educando não comeu o peixe porque “não lhe sabia bem”.
Os pais, descontentes com a demora numa justificação da escola, juntaram-se na manhã desta quinta-feira à porta do estabelecimento. Acusam a direção de intimidar as crianças para abafar o caso.
“A diretora da escola viu as fotos publicadas nas redes sociais e dirigiu-se à sala de aula para falar com os alunos. Só se quer defender a ela”, acusa uma das encarregadas de educação.
Contactada pela SIC, a escola diz que as imagens estão a ser averiguadas, mas que face à situação, em articulação com a empresa que acompanha os procedimentos nas cantinas e bares do agrupamento e com a equipa de saúde escolar, foi iniciado o procedimento estabelecido por lei.
A Autoridade de Saúde regional diz que teve conhecimento imediato da situação e procedeu à colheita de amostras que enviou para laboratório. Nada indicia contaminação do peixe congelado e está a ser levantada a hipótese de se tratar de uma fotomontagem ou adulteração de imagem.
Os encarregados de educação contestam.
“Manipulação de imagem não houve. Há um vídeo e as fotos são reais.”
A Autoridade de Saúde regional diz que, apesar de não haver indícios de problemas com os alimentos, vai ser dada continuidade aos procedimentos de investigação epidemiológica.
A escola promete continuar a apostar no acompanhamento técnico e na prestação de um serviço de qualidade.