Fonte do PSD nacional diz que Miguel Albuquerque já não tem outra alternativa. Fonte do partido diz que Albuquerque terá de se demitir, não há outra opção. A mesma fonte acrescenta aliás que a demissão hoje já acontece tarde.
Ao que a SIC apurou nos últimos dias, da parte do líder Luís Montenegro tem havido tentativas para que Albuquerque saísse mais cedo. Mas fontes ouvidas pela SIC lembram que a situação é muito delicada por causa da autonomia do PSD Madeira, o que torna difícil dizer a Albuquerque diretamente que tem de sair.
No entanto, já não há duvidas depois da reunião de Albuquerque com o lÍder parlamentar da Madeira: Albuquerque terá de se demitir.
O que se deverá seguir?
Segundo o Expresso, Marcelo Rebelo de Sousa poderá agora um novo Governo Regional, desde que seja liderado por alguém do PSD que não tenha tido funções executivas nos últimos anos.
A questão já terá até sido colocada ao Presidente da República, que terá admitido ponderar a hipótese, com a condição de que os partidos que viabilizaram o atual Executivo - PSD, CDS e PAN - aceitem.
O PSD convocou uma reunião da comissão política para as 17:00.
O que está sob suspeita?
O Ministério Público suspeita que houve, durante anos, contratos de obras públicas da Madeira atribuídos a determinadas empresas da região, com o objetivo de as beneficiar.
Os contratos públicos que estão a ser investigados superam os 200 milhões de euros. Três pessoas foram detidas, entre as quais Pedro Calado, presidente da Câmara do Funchal e antigo número dois de Miguel Albuquerque.
Os investigadores começaram a olhar para os contratos depois de receberem duas denúncias anónimas, que referiam interferências nas escolhas das empresas por parte de Miguel Albuquerque e de Pedro Calado.
Pedro Calado terá atuado, dizem os procuradores, “por acordo ou juntamente com o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque”.
O Ministério Público também terá detetado uma relação entre o presidente do Governo Regional e o atual presidente da câmara que "extravasa o campo pessoal". Diz que Miguel Albuquerque interfere em decisões da Câmara Municipal e Pedro Calado em dossiers que seriam da competência do Governo Regional.