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Demissão de Albuquerque? "Não há outra opção" e "já vai tarde", diz PSD nacional

O PSD nacional diz que Miguel Albuquerque já não tem outra alternativa. Fonte do partido diz à SIC que o líder do governo regional terá de demitir-se.

Demissão de Albuquerque? "Não há outra opção" e "já vai tarde", diz PSD nacional
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/Lusa

Fonte do PSD nacional diz que Miguel Albuquerque já não tem outra alternativa. Fonte do partido diz que Albuquerque terá de se demitir, não há outra opção. A mesma fonte acrescenta aliás que a demissão hoje já acontece tarde.

Ao que a SIC apurou nos últimos dias, da parte do líder Luís Montenegro tem havido tentativas para que Albuquerque saísse mais cedo. Mas fontes ouvidas pela SIC lembram que a situação é muito delicada por causa da autonomia do PSD Madeira, o que torna difícil dizer a Albuquerque diretamente que tem de sair.

No entanto, já não há duvidas depois da reunião de Albuquerque com o lÍder parlamentar da Madeira: Albuquerque terá de se demitir.

O que se deverá seguir?

Segundo o Expresso, Marcelo Rebelo de Sousa poderá agora um novo Governo Regional, desde que seja liderado por alguém do PSD que não tenha tido funções executivas nos últimos anos.

A questão já terá até sido colocada ao Presidente da República, que terá admitido ponderar a hipótese, com a condição de que os partidos que viabilizaram o atual Executivo - PSD, CDS e PAN - aceitem.

O PSD convocou uma reunião da comissão política para as 17:00.

O que está sob suspeita?

O Ministério Público suspeita que houve, durante anos, contratos de obras públicas da Madeira atribuídos a determinadas empresas da região, com o objetivo de as beneficiar.

Os contratos públicos que estão a ser investigados superam os 200 milhões de euros. Três pessoas foram detidas, entre as quais Pedro Calado, presidente da Câmara do Funchal e antigo número dois de Miguel Albuquerque.

Os investigadores começaram a olhar para os contratos depois de receberem duas denúncias anónimas, que referiam interferências nas escolhas das empresas por parte de Miguel Albuquerque e de Pedro Calado.

Pedro Calado terá atuado, dizem os procuradores, “por acordo ou juntamente com o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque”.

O Ministério Público também terá detetado uma relação entre o presidente do Governo Regional e o atual presidente da câmara que "extravasa o campo pessoal". Diz que Miguel Albuquerque interfere em decisões da Câmara Municipal e Pedro Calado em dossiers que seriam da competência do Governo Regional.