País

Análise

Investigação a Albuquerque "afeta diretamente" as eleições nacionais e a AD

Luís Delgado, comentador da SIC, defende que Miguel Albuquerque devia fazer o que António Costa, mesmo sem ser constituído arguido, fez: demitir-se. Em causa está a "dignidade do cargo".

Loading...

Luís Delgado considera que a investigação a Miguel Albuquerque, que foi constituído arguido, afeta diretamente a Aliança Democrática e as eleições legislativas de 10 de março. Na opinião do comentador da SIC, o presidente do Governo Regional de Madeira não está a ter em conta a “necessidade de manter o prestígio da função”.

Na SIC Notícias, Luís Delgado defende que Miguel Albuquerque devia fazer o que António Costa, mesmo sem ser constituído arguido, fez: demitir-se. Em causa está a "dignidade do cargo".

"Não está a ter em conta a necessidade de manter o prestígio da função", afirma.

O comentador da SIC considera que o chefe do executivo da Madeira se devia demitir, antes que o Governo caia. Até porque, o caso "afeta diretamente as eleições nacionais e a AD".

O PS/Madeira decidiu, na quinta-feira, apresentar uma moção de censura ao Governo Regional da Madeira (PSD/CDS).

O líder socialista madeirense - que tem o maior partido da oposição no parlamento madeirense (ocupa 11 dos 47 lugares no hemiciclo) - mencionou que esta decisão surge depois do chefe do executivo da Madeira (PSD/CDS), Miguel Albuquerque, ter sido constituído arguido e ser suspeito por corrupção.

Também o Chega vai avançar com uma moção de censura ao Governo Regional da Madeira.

Já sobre a Operação Marquês, Luís Delgado diz que o caso é "demasiado longo e complicado" para se perceber se, no final, as pessoas "são culpadas".

"Ao fim de 10 anos, temos o Tribunal da Relação a dizer que, afinal, vai a julgamento. Daqui a 10 anos ainda estarão a recorrer, depois de acordos da primeira instância, de tribunais superiores. Por razões de expectativa de vida, algumas das pessoas que estão indiciadas eventualmente já não estarão entre nós", aponta.

O Tribunal da Relação decidiu repor parte da acusação da Operação Marquês. As juízas deram razão, em parte, ao Ministério Público, que recorreu da decisão instrutória de Ivo Rosa, de abril de 2021, que anulava toda a acusação.

Com esta decisão, José Sócrates vai ser julgado por três crimes de corrupção, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal.