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Manifestação de "ódio": Junta de Freguesia aconselha a residentes a ficarem em casa

O presidente de Santa Maria Maior diz que "numa manifestação de ódio nunca se sabe o que pode acontecer" e, por isso, pede aos residentes para não reagirem a provocações que podem desencadear violência.

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Em Lisboa, no próximo sábado, está marcado um protesto convocado por membros de movimentos de extrema-direita. O presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior pede aos residentes que não saiam de casa durante a manifestação.

"Aquilo que eu recomendo às pessoas é prudência, porque o que os extremismos querem é cenas de confronto e de confusão na via pública", explicou Miguel Coelho.

Um grupo de extrema-direita, que convocou um protesto contra muçulmanos no Martim Moniz para o próximo fim de semana, garante que vai sair à rua, apesar de não ter autorização da Câmara de Lisboa. Os imigrantes no Martim Moniz estão preocupados e prometem fechar as portas do comércio no dia da marcha.

“Passa pelas pessoas, nesse dia, não reagirem a provocações, se necessário estarem dentro das suas casas, se ela acontecer. É uma manifestação de ódio e quando há manifestações de ódio nunca se sabe o que pode acontecer”, expressou o presidente da Junta.

Ao Presidente da República, Ministério Público e autoridades policiais foi enviada uma carta aberta, assinada por mais de 5.000 pessoas, contra este protesto que dizem promover o racismo e a xenofobia.

A iniciativa foi chumbada pela autarquia com base num parecer negativo da PSP.

Indignado, Mário Machado já desafiou a Câmara de Lisboa e convocou um protesto através das redes sociais para o mesmo dia, à mesma hora, num outro local.

Contactada pela SIC, a PSP recusou prestar declarações.