O presidente do Chega, André Ventura, acusou o primeiro-ministro de estar a retaliar contra as autoridades policiais que levaram a cabo a Operação Influencer ao não pagar à PSP e à GNR o mesmo subsídio de missão atribuído à Polícia Judiciária.
António Costa tinha dito que as negociações do subsídio de risco nas forças de segurança só poderiam avançar com o próximo Governo. O líder do Chega responde agora.
"Um líder político, para mais com os valores que as sondagens atribuem ao Chega, deve ter sempre responsabilidade nas suas declarações. Porém, ao dia em que estamos eu não tenho dúvidas: isto é uma retaliação contra as autoridades policiais que, cumprindo as suas funções e decisões judiciais, levaram a cabo uma operação que acabou por, considerando António Costa suspeito, derrubar o Governo da República", declarou André Ventura.
Referindo-se à notícia segundo a qual os trabalhadores do Sistema de Informações da República foram aumentados e tiveram uma revisão da carreira quando também foi atribuído o suplemento de missão aos agentes da Polícia Judiciária, o líder do Chega considerou que a "enorme de indignação" da PSP e GNR por não receber este subsídio de missão "pode colocar em causa a estabilidade da ordem pública".
"Não são eles que estão a pôr em causa a nossa segurança. É o senhor primeiro-ministro e o seu Governo, pela intransigência demonstrada, pelo espírito vingativo contra a polícia, que estão a pôr em causa este cenário de segurança em que Portugal vive", defendeu.
Na opinião de Ventura, não são os polícias que "estão a pôr em causa a realização de eleições ou de eventos desportivos ao longo das próximas semanas", mas sim António Costa e o ministro José Luís Carneiro "que, ao contrário do que fez com tantos outros setores profissionais, mais não está a fazer aqui do que espezinhar, humilhar, adiar, tirar dignidade".