Luís Montenegro diz que não se sentiu intimidado pelo protesto das forças de segurança junto ao Capitólio, mas Nuno Melo não tem dúvidas de que o que aconteceu, nesta segunda-feira, vai contra a lei.
Em Odivelas, o presidente do PSD teve oportunidade para falar sobre a manifestação do Capitólio protagonizada pelas forças de segurança.
“Não me senti cercado. A manifestação é legítima, no caso até tem justificação, mas não devem ultrapassar os limites que deem tranquilidade e segurança pública”, disse Montenegro.
O líder da AD não sabe se a manifestação estava ou não autorizada, mas o número dois não tem dúvidas de que os limites foram ultrapassados.
“O que ontem aconteceu não respeita a lei e a ordem. O que eu lamento…”, referiu.
As palavras de ordem que Luís Montenegro ouviu, nesta terça-feira, são de apoio à AD. A campanha só começa oficialmente no fim de semana, mas a máquina laranja já está no terreno, e depois do debate com Pedro Nuno Santos, a ordem é para mobilizar.
Luís Montenegro conhece bem as obrigações a que os apoiantes o querem vincular, mas depois do último encontro com o principal adversário, acredita que na campanha ao lado já se atirou a toalha ao chão e, por isso, mantém o tabu sobre o futuro da governação.
A campanha da AD está em peso numa das zonas de Lisboa mais associada à imigração e Montenegro aproveita para marcar diferenças para outros partidos da direita, com pedidos de inclusão com dignidade.
O dia em que a AD quis pôr todos os trunfos na mesa não acabaria sem que o líder se encontrasse com alguns dos históricos líderes do PSD e levasse para casa o reforço de um apoio, no caso, de Cavaco Silva.