Os crimes de violência doméstica continuam a dominar os pedidos de ajuda que chegam à Associação Portuguesa de Apoio à Vitima (APAV), representando cerca de 76% das situações reportadas em 2023.
São mais e mais complexos os pedidos de ajuda que chegaram à associação de apoio à vitima em 2023.
A APAV apoiou mais de 16 mil vitimas e só no ano passado foram feitos cerca de 93 mil atendimentos, mais precisamente 93.254, sendo uma subida de quase 10 mil pedidos em relação ao ano anterior, onde foram registados 83.322 pedidos.
Os números da associação no Dia Europeu das Vítimas de Crimes confirmam quase 31 mil pedidos de ajuda, sendo a violência doméstica responsável pela grande maioria dos atendimentos (75,8%).
Seguem-se crimes sexuais contra crianças e jovens, representando 5,7%, à frente dos de ameaça e coação, que foram 3% da totalidade, e as ofensas à integridade física, que foram 2,8% dos casos.
Também queixas de difamação e injúria estiveram presentes, representando 2,4% dos casos, seguindo-se os de burla(1,5%), os crimes sexuais contra adultos (1,5%), também perseguição (0,7%) e assédio (0,7%), e por no final da lista discriminação ou incitamento à violência (0,6%).
Os crimes ocorrem na maior parte dos casos entre quatro paredes e os agressores são demasiadas vezes familiares e conhecidos das vítimas.