Em Coimbra algumas dezenas de professores do ensino superior protestaram esta terça-feira de manhã reivindicando progressão nas carreiras e atualizações salariais. A manifestação organizada pela Fenprof decorreu em frente à Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, mas o problema é transversal a todo o sistema.
Cerca de 40 docentes, a maioria da escola superior de enfermagem, juntou-se para mostrar descontentamento.
“Sou professora nesta escola há 33 anos. Vou-me embora este ano, em março, e estou parada na carreira desde 2004. Estaria no topo da carreia em 2012, numa situação normal, e estou neste momento a receber menos do que recebia em 2009", afirma a docente Nazaré Cerejo.
Exigem revisão das carreiras, dos salários e reconhecimento profissional.
“Economicamente vive-se mal, porque o custo de vida aumentou muito. Em termos sociais sinto-me muito injustiçada, porque vou-me embora com uma grande frustração desta minha carreira profissional”, acrescenta a doente de enfermagem.
O caso é específico desta escola mas a Fenprof garante que o problema é geral e comum no ensino superior. Tornou-se insustentável dizem e alertam para a necessidade de o resolver.
“Há aqui gente que entrou na profissão e poderá a vir aposentar-se não sendo resolvido isto, com o mesmo salário ou no mesmo nível remuneratório onde começou”, afirma o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.
Para já o protesto foi mais simbólico e de alerta mas poderá subir de tom garante a Fenprof se a situação não for alterada.