Centenas de trabalhadores protestam esta sexta-feira à tarde junto à sede do banco Caixa Geral de Depósitos. Numa altura em que os lucros do banco dispararam, os trabalhadores exigem aumentos salariais em linha com esse aumento de lucro.
Tendo em conta os lucros da banca do ano passado, em especifico da Caixa Geral de Depósitos, superiores a 100 milhões de euros, os profissionais do banco juntam-se esta sexta-feira para exigir ainda mais aumentos.
De acordo com Joana Carvalho, do sindicato dos trabalhadores do grupo CGD, esta greve é a “gota de água”.
"Convocámos esta greve, foi a gota de água, os aumentos salariais são importantes, mas reivindicamos também contra as condições de trabalho mais desumanizadas, há falta de pessoal nos balcões, existe uma falácia da digitalização que traz carga administrativa, muito desgaste, trabalho e horas extraordinárias que não são pagas, o clima social na empresa é muito complicado", descreveu a profissional.
No entanto, o banco já fez aumentos que seguiram os protestos destes profissionais. No entanto, não evitaram uma nova greve e exigências.
"Os trabalhadores têm dado contributos desde sempre, tivemos quatro anos de congelamento de carreiras. Lembrar que a CGD prepara para apresentar lucros de 100 milhões de euros e os trabalhadores que tiveram na base disso têm de ser compensados de todo esse esforço", concluiu.
Negociações continuam
José João Guilherme, administrador executivo da CGD disse que o banco já está a dar aumentos mais expressivos que os outros bancos.
“Estamos em pleno processo negocial e achamos estranho que a meio tenha havido uma greve, o que já se conseguiu é superior ao que os outros bancos estão a oferecer, mas respeitamos e tomamos em devida conta o que nos dizem. Estamos à mesa das negociações, não saímos”, esclareceu.