País

Centro Infantil de Crestuma em greve pela segunda vez em menos de quatro meses

Auxiliares da instituição frequentada por 150 crianças reivindicam a implementação do contrato coletivo de trabalho.

Loading...

As auxiliares do Centro Infantil da Cruz Vermelha de Crestuma, em Vila Nova de Gaia, voltaram esta terça-feira à greve para exigir melhores condições de trabalho.

Pela segunda vez em menos de quatro meses, as 150 crianças que frequentam a instituição tiveram de voltar para casa quando encontraram os portões fechados esta manhã.

Já em novembro do ano passado as funcionárias do Centro Infantil de Crestuma pararam pelos mesmos motivos: reivindicam o aumento dos salários, 35 horas de trabalho e a implementação do contrato coletivo de trabalho.

Na primeira greve, em resposta à SIC, a Cruz Vermelha Portuguesa assegurou que a aplicação do contrato coletivo de trabalho não era possível por causa da natureza jurídica da Instituição, mas o argumento não convence nem as 15 auxiliares do centro infantil de Crestuma nem os sindicatos.

“Sabemos que já existe esse mesmo contrato coletivo de trabalho com uma delegação no Algarve”, nota Flávia Dias, auxiliar de educação.

“O contrato coletivo de trabalho traria um conjunto de direitos que neste momento os trabalhadores não têm. Começando logo pelos salários: deixariam de receber o salário mínimo nacional e passavam a ser integradas numa carreira, com progressão", explica Luís Figueiredo, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).

Contactada esta manhã pela SIC, a Cruz Vermelha Portuguesa garante estar comprometida com a melhoria das condições de trabalho dos funcionários e empenhada na conclusão de um acordo de empresa.

O tema foi discutido esta manhã, em Lisboa, com a mediação da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho.