Cerca de 500 profissionais da rede nacional de apoio às vítimas de violência doméstica responderam a um questionário online no âmbito de um estudo efetuado pelo Centro de Investigação em Psicologia da Universidade do Minho, com financiamento do Observatório Social da Fundação "la Caixa".
Os técnicos, maioritariamente psicólogos e assistentes sociais, prestam apoio a vítimas não só de violência doméstica como também de abuso sexual, assédio laboral, mutilação genital feminina e tráfico de seres humanos. E mencionam os vários obstáculos com que se deparam no exercício das suas funções em estruturas de atendimento, nas casas abrigo ou nas unidades de acolhimento de emergência.
A nível institucional apontam problemas n acesso a serviços de tradução, a escassez de recursos financeiros e a ausência de formação especializada para lidar com pessoas que estiveram expostas ao trauma . Apontam também problemas que decorrem da multiculturalidade, que é cada vez maior em Portugal, como é o caso das barreiras linguísticas.
Mariana Gonçalves, a investigadora que coordenou este estudo diz que esta é uma área pofissional muito exigente, onde existe precariedade e salários baixos. Uma parte significativa dos técnicos envolvidos neste estudo reporta níveis moderados de stress e burnout.