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Governo quer regular o lóbi em Portugal e vai ouvir partidos

Luís Montenegro vai recuperar a proposta da última legislatura. Quanto às polémicas que já atingiram o recente Governo, o primeiro-ministro assume-as, mas diz que não o demovem.

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O Governo quer regulamentar o lóbi. O primeiro-ministro adiantou, esta quinta-feira, que já está a "interagir com os partidos" para "consensualizar linhas de ação”, no âmbito do combate à corrupção.

"Além de apresentar o nosso propósito de interagir com todos os partidos com representação parlamentar com vista a consensualizar linhas de ação no âmbito do combate à corrupção, processo esse que já está em curso, o Governo já começou a fazer esses contactos", afirmou Luís Montenegro, esta tarde, em Bruxelas, após aquela que foi a primeira participação enquanto chefe de Governo num Conselho Europeu.

O primeiro-ministro lembra que esta é "uma proposta que apareceu já no final da última legislatura” e que tenciona agora recuperar.

Questionado sobre estas duas primeiras semanas à frente do Executivo, Luís Montenegro disse estar a "contar com grandes desafios". De acordo com o novo primeiro-ministro, "o Governo está a atuar em várias frentes".

"Nós amanhã [sexta-feira] mesmo realizaremos uma reunião do Conselho de Ministros, onde vamos decidir a descida dos impostos sobre o rendimento do trabalho dos portugueses em 2024, nós já encetámos conversações com algumas áreas da administração pública que têm urgência em poder ver as suas carreiras estabilizadas e devolvida à paz aos respetivos setores, nós estamos a cumprir no plano europeu a nossa obrigação de participação e, portanto, desse ponto de vista, acho que tudo está a decorrer dentro da normalidade", elencou.

Confrontado com as primeiras polémicas que já atingiram o Executivo – como a descida do IRS ou a adjunta do ministro das Finanças acusada de um crime de fraude -, Luís Montenegro admitiu que, "com certeza", existem "episódios”.

“Enfim, todos os dias ocorrem (...), mas nada que nos demova do nosso propósito e, sinceramente, creio que as portuguesas e os portugueses aquilo que esperam de nós é que nós cumpramos os nossos compromissos, aquilo que prometemos na campanha eleitoral e é isso que merece a nossa concentração e o nosso foco e é nisso que nós vamos trabalhar todos os dias", declarou.