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“Um erro não faz um mandato”, mas Aguiar-Branco deve justificar “palavras infelizes”

Inês Sousa Real considera que Aguiar-Branco deve refletir sobre se deve um pedido de desculpa aos deputados e aos portugueses pelas "palavras infelizes" na Assembleia da República. A porta-voz do PAN entende, no entanto, que não há razões para que deixe o cargo.

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A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, defendeu este sábado que o presidente da Assembleia da República se deve retratar, esclarecer as suas "palavras infelizes" e garantir que "está comprometido com os direitos humanos".

“Acho que essa reflexão deve ser feita pelo presidente da Assembleia da República no sentido de justificar as suas palavras, que provavelmente foram palavras infelizes, e que está comprometido enquanto presidente desta instituição com os direitos humanos, com a integração, inclusão e com uma sociedade que é aberta às diferentes comunidades”, disse Inês Sousa Real.

Apesar de salientar que "um erro não faz um mandato", a líder do PAN disse esperar que Aguiar-Branco "se retrate" e, mais do que isso, que seja "intransigente com este tipo de comportamentos que não valorizam a inclusão e a dignidade da pessoa humana e o respeito por todas as pessoas".

Em causa está um momento ocorrido na passada sexta-feira durante um debate parlamentar. José Pedro Aguiar-Branco recusou censurar e limitar a liberdade de expressão dos deputados, depois de o líder do Chega, André Ventura, ter questionado os dez anos previstos para a construção do novo aeroporto, tendo afirmado: "Podemos ser muito melhores que os turcos, que os chineses, que os albaneses, vamos ter um aeroporto em cinco anos"