Depois de umas eleições europeias em que o Partido Socialista (PS) e a Aliança Democrática (AD) ficaram separados por 38 mil votos. o foco vira-se para a discussão do Orçamento do Estado, com o Governo a precisar do apoio dos partidos da oposição.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, pede humildade, "aquilo que nós temos de ter todos na vida, a começar pelo primeiro-ministro".
Já o chefe de Governo, Luís Montenegro, garante que “tem dialogado sempre com as oposições”, mas que “não pode obrigar as oposições que não têm vontade política de materializar esse diálogo em convergência” Para memória futura, o primeiro-ministro fez questão de deixar o aviso: “Mesmo que não haja convergência, vamos governar”.
"Isso é preocupante, porque temos na pessoa do primeiro-ministro o principal agente da instabilidade política em Portugal. Aquilo que se depreende das declarações do primeiro-ministro é que não tem nenhuma vontade de construir o quer que seja com o PS, mesmo não tendo uma maioria para viabilizar a sua governação", atira o líder do PS.
“PS não é um partido suscetível de ser humilhado”
Na lista de criticas a apontar, Pedro Nuno Santos acusa o Governo de ignorar a oposição e o Parlamento, avisando que está a ser criado “um problema que devemos evitar”.
“O Governo tem de arrepiar caminho na forma como lida com a oposição. O PS não é um partido suscetível de ser humilhado. Se cada declaração que faz é de afastar o PS, está a fazer mal e esta a começar a criar aqui um problema que eu acho que devemos todos evitar” - leia-se uma crise política.