Chama-se Marta Múrias, é portuguesa e tem 29 anos. Em Janeiro concorreu on-line a um Concurso para Novos Designers de Moda e ganhou. Enviou 9 sketches da sua Coleção e foi selecionada, entre centenas, a nível mundial.
"Vão ser conjuntos de top e saias, top e calças, vestidos. Não posso contar mais", conta Marta Múrias
A formação universitária é em Comunicação Social, vertente de Marketing. Curiosa é a paixão pela costura, que vem desde criança. Um hobbie que acabou por se tornar na principal atividade profissional. Em 2020, apesar da pandemia, arriscou e lançou a própria marca, presente nas redes sociais. Atualmente tem mais clientes estrangeiros, sobretudo "influencers" bastante conhecidos, do que portugueses.
A 'Emeculture' é slow fashion para fast techno. Slow fashion porque tento usar, o mais possível, tecidos sustentáveis, e techno porque sempre foi a minha maior paixão, sempre foi sair à noite onde houvesse techno. Por isso, liguei os meus dois amores a moda e techno e assim nasceu a 'Emeculture'", explica a jovem de 29 anos
A ajudá-la no corte e costura tem Raimunda, que faz com que as peças passem do papel para a passarele.
"Ajuda-me em tudo, alinha em todas as minhas ideias. Eu é que faço os protótipos, porque como disse tenho um curso de costura também, e quando tenho tempo também faço peças para vender, mas a maior parte das vezes é a Raimunda que faz", diz a fundadora da 'Emeculture'.
Conta também com o incondicional apoio dos pais e irmãs. Mas até à data só conseguiu um patrocínio. A nível do Estado e outras entidades, embora ainda aguarde uma possível ajuda do Portugal Fashion, só tem tido respostas negativas. Mas não desiste do sonho de ver crescer a marca que leva o mesmo nome que também usa enquanto DJ.
" (...) 'Emeculture' também para acabar com o julgamento que havia com o techno porque diziam que era preciso estar muito drogado para ouvir este estilo de música, não concordo porque sei que mais pessoas ouvem este estilo de música e não estão drogados, nem precisam. E sim, techno é energia, é a minha maior fonte de inspiração. Moda e techno estão ligados desde os anos 90 e vão estar sempre a ligar pessoas também", diz Marta
Diz que sempre sonhou com esta ida a Paris, mas ainda não acredita que seja já este Outono.
"É uma forma de publicitar a minha marca, sei que vão lá estar todos os principais press media como a Vogue, New York Times, Elle", explica a jovem.
Mais uma jovem portuguesa criadora, promissora, que persiste e tudo fará para representar Portugal, o melhor possível, num dos maiores eventos de Moda do mundo.