André Ventura apelou a todos os polícias e forças de segurança para que "se mobilizem e compareçam no Parlamento" na quinta-feira, data em que o seu partido apresentará projetos para corrigir "uma injustiça histórica".
Para o comentador SIC Paulo Baldaia, "é evidente" que há um aproveitamento político por parte de André Ventura quando este convoca um protesto contra o Governo. Mas, apesar disso, o Movimento Zero já respondeu positivamente ao pedido.
O Movimento Zero diz-se "inorgânico", mas segundo Paulo Baldaia, tem uma organização e que, por vezes, até é "superior à organização que os próprios sindicatos estão a demonstrar".
Já à questão se as propostas do Chega para a as forças de segurança podem avançar na Assembleia da República, o comentador SIC disse que "isso é muito difícil de acontecer".
"O PS, CDS e a AD votarão contra. [Aliás], o Partido Socialista já votou contra a propostas idênticas anteriormente, portanto, o que se espera" é que isso volte a acontecer", explicou.
De acordo com o presidente do Chega, o que o partido, por "força e iniciativa", vai levar à discussão na Assembleia da República é um "conjunto de projetos que resultam basicamente de negociações com todos os sindicatos da polícia e das forças de segurança".
Ventura e as eleições francesas
O partido de extrema-direita União Nacional (RN), de Marine Le Pen e seus aliados, está na frente na primeira volta das eleições legislativas francesas, com mais de 34% dos votos, de acordo as primeiras projeções.
A extrema-direita está nesta fase à frente da aliança de esquerda Nova Frente Popular, que segundo as sondagens à boca das urnas contará com um resultado entre 28,5% e 29,1%.
Alguns líderes mundiais estão contentes com este resultado. André Ventura até já felicitou os franceses por esta vitória. Para o comentador SIC, a extrema-direita pode ter maioria absoluta "com alguma facilidade", o que será "muito difícil" evitar a sua derrota.
Eleições em França: "Grande motivação para vencermos as próximas eleições", diz Ventura
"A derrota já está mais do que garantida para o lado de Macron", apontou Paulo Baldaia.