A ministra da Administração Interna não quer falar sobre o braço de ferro com as forças de segurança. Margarida Blasco remete explicações para depois de 9 de julho, quando tiver reunido com os sindicatos e as associações.
A governante também comenta o aviso do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que afirmou que a proposta do governo está fechada e que não haverá “nem mais um cêntimo” para o subsídio de missão dos polícias.
"Aquilo que posso dizer é que as forças de segurança e os cidadãos estão todos pela luta”, começou por dizer a ministra. “Não pela luta, mas pela segurança”, corrigiu, logo de seguida. Um lapsus linguae da governante.
Centenas de agentes assistiram, esta quinta-feira, no Parlamento ao chumbo das propostas do Chega, PCP e PAN para aumentar o subsídio de missão.
Rui Neves, do Sindicato Independente dos Agentes de Polícia, defendeu, na altura, que é altura de ponderar “se não será tempo de os polícias regressarem à luta e regressarem às ruas”. “Se calhar, será o caminho que resta”, afirmou.
O primeiro-ministro já tinha avisado que não haverá nem mais um cêntimo para além do aumento de 300 euros, já proposto pelo Governo.
Sem margem de manobra, a ministra opta agora por dar a mesma resposta a todas as perguntas: “Temos uma reunião no dia 9. Depois falamos”.