Arrancam, esta terça-feira, as alegações finais do julgamento do processo de tráfico de droga que envolve Rúben Oliveira - mais conhecido como "Xuxas" - depois de ter sido adiado a pedido da defesa, na semana passada.
Os juízes responsáveis pelo caso agendaram ainda os dias 24 e 25 de julho para a conclusão das alegações do processo que conta com 19 arguidos, três dos quais empresas.
O processo tinha sido adiado depois de a defesa de Rúben Oliveira ter apresentado um requerimento sobre a validade da prova recolhida através do sistema EncroChat e de outras plataformas de comunicação encriptadas que são, alegadamente, utilizadas por redes criminosas.
Os 19 arguidos estão acusados de crimes de tráfico de droga agravado, associação criminosa e branqueamento de capitais.
Segundo a acusação, o grupo criminoso, liderado por Rúben Oliveira, tinha "ligações estreitas" com organizações de narcotráfico de cocaína Brasil e da Colômbia e desde meados de 2019 importava elevadas quantidades daquela droga da América do Sul.
A organização chefiada por "Xuxas" tinha - ainda de acordo com a acusação - possuía ramificações em diferentes estruturas logísticas em Portugal, nomeadamente junto dos portos marítimos de Setúbal e Leixões e no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, o que facilitava a entrada de grandes quantidades de cocaína no país.
Naqueles locais de desembarque, a PJ realizou apreensões de cocaína que envolvem arguidos que supostamente obedeciam a ordens de Rúben Oliveira. A cocaína era introduzida em Portugal através de empresas importadoras do ramo alimentar e outras, fazendo uso de contentores marítimos. A droga entrava também em malas de viagem por via aérea desde o Brasil até Portugal.