Uma explosão num prédio em Rio de Mouro, na quarta-feira, causou dois feridos graves. Os moradores não puderam pernoitar no edifício e esta quinta-feira estão a recolher aquilo que deixara em casa
Depois da explosão, pouco sobrou do terceiro andar do prédio em Sintra. Hoje é dia de recolher a mobília e fazer as malas, sem previsão de regresso.
O alerta foi dado pelas 15:00 de quarta-feira, depois de se ter ouvido um estrondo que destruiu parte do edifício, carros estacionados e cobriu a rua de estilhaços de vidro que, outrora, eram portas e janelas.
Do prédio foram retiradas mais de 30 pessoas e seis animais.
"Todo o prédio tem danos visíveis. Os danos estruturais estão a ser verificados. O acidente aparenta ter ocorrido nas áreas comuns do prédio, mas todas as frações foram afetadas", afirma Marco Cabo, dos Bombeiros Voluntários de Algueirão-Mem Martins.
Os feridos - dois homens com 35 e 60 anos - ficaram com cerca de 90% do corpo queimado. Um deles foi transportado para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e o segundo precisou de ser levado de helicóptero para a unidade de queimados do Hospital de Coimbra.
Foram chamados em trabalho por causa de uma rotura de água no prédio.
Sem intenção, acabaram por furar um tubo de gás e o cheiro espalhou-se por todo o edifício.
"O gás começou a sair muito. Eu vim pela escada abaixo e fechei o gás na portinhola cá de baixo. A seguir viemos cá para fora todos. O senhor que estava a fazer o trabalho entendeu que já não cheirava a gás e foi para cima. Começou a trabalhar outra vez" conta Luís Ribeiro, morador.
Os moradores não puderam voltar às suas casas durante a noite, mas a polícia ficou a guardar o local.
Já não há perímetro de segurança nas imediações do prédio e a estrada voltou a estar aberta.