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PAN chama ministra da Saúde ao Parlamento após "chocante episódio" no Hospital das Caldas da Rainha

Para o PAN, o que se passou com uma mulher grávida no Hospital das Caldas da Rainha “é inadmissível” e o Governo “não só deve explicações aos portugueses, como também tem de garantir que situações destas não se voltam a repetir”.

PAN chama ministra da Saúde ao Parlamento após "chocante episódio" no Hospital das Caldas da Rainha
ANTÓNIO COTRIM/LUSA

O PAN deu esta terça-feira entrada, na Assembleia da República, de um requerimento para marcar uma audição à ministra da Saúde, Ana Paula Martins. Em causa está o “chocante episódio” em que terá sido recusada assistência a uma mulher, que sofreu um aborto espontâneo, na urgência do Hospital das Caldas da Rainha.

“É urgente ouvir a Sra. Ministra da Saúde sobre este caso, bem como clarificar os resultados e as consequências das opções tomadas no plano de verão do SNS, nomeadamente para as maternidades e urgências de obstetrícia”, afirma a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, no requerimento a que a SIC teve acesso

Mais, refere o partido Pessoas-Animais-Natureza, “o que se passou com esta mulher é inadmissível e o Governo, não só deve explicações aos portugueses, como também tem de garantir que situações destas não se voltam a repetir”.

O PAN salienta, porém, que “infelizmente, esta situação não é incomum”. Citando as declarações do comandante dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha, o partido destaca que “são chamados dezenas de vezes a acudir cidadãos que se encontram à porta do Hospital das Caldas da Rainha por não encontrarem neste as soluções para os seus problemas”.

Ministra está a acompanhar o caso

Contactado pela SIC, o gabinete de Ana Paula Martins confirma apenas que foi aberto o inquérito da Inspeção Geral das Atividades em Saúde e diz que vai aguardar pelo resultado da investigação.

Os Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha receberam o pedido de ajuda às 7:20, mas só cerca de uma hora depois da chamada é que o hospital aceitou atender a utente.

Alegadamente, só foi admitida depois de insistência do Centro de Orientação de Doentes Urgentes e dos bombeiros que se encontravam no local.

A administração do centro hospitalar, por sua vez, nega esta versão dos factos e garante que a grávida foi admitida assim que chegou ao hospital.