A maternidade Alfredo da Costa (MAC) é, por estes dias, a maternidade mais procurada por grávidas que não residem em Lisboa. Foi o caso de Iara que chegou a esta unidade hospitalar por volta das 4:00 quando começou a sentir as primeiras dores.
A jovem, de 22 anos, está grávida de 38 semanas. Vive com o marido a poucos minutos do Hospital Garcia de Orta, em Almada, mas com o serviço de urgências de obstetrícia encerrado não hesitou em contactar a linha SNS grávida.
“Pedi para vir para o hospital porque comecei com muitas contrações e perda de líquido e entretanto mandaram-me para aqui. Tinha aqui ou no Barreiro, mas devido à distância vim para aqui”, explica a jovem.
A viagem entre Almada e Lisboa é curta, mas para Iara pareceu-lhe muito longa.
“É um bocadinho constrangedor ter de andar isto tudo, passar a ponte e tudo, grávida e cheia de contrações é complicado (…) tinha receio de entrar em trabalho de parto na ponte como aconteceu ontem, se não me engano, com uma senhora. Temos sempre receio”, diz Iara.
Márcia Ribeiro também chegou a meio da manhã a esta maternidade.
“O obstetra aconselhou a Alfredo da Costa e como estava aberto hoje a Saúde 24 encaminhou logo para aqui”, explica Márcia.
Esta é a terceira gravidez de Márcia e é também, como diz, a que mais ansiedade lhe provocou devido aos vários encerramentos do serviço de urgências de obstetrícia do hospital de Vila Franca de Xira.
“Nós não sabemos onde é que vamos ter as crianças porque a maioria das urgências estão sempre fechadas. É horrível. Falam que o país está com uma taxa de natalidade baixa, mas depois não dão as condições às mães e aos pais para subir essa taxa de natalidade”, conta Márcia.
À SIC, a Unidade Local de Saúde de São José confirma que entre a 00:00 e as 08:00 foram realizados quatro partos. Adianta, ainda, que a MAC tem as equipas dotadas com os recursos considerados necessários e suficientes para dar a melhor resposta.