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Marcelo não vai visitar a Madeira durante os incêndios

O chefe de Estado vai acompanhar a situação à distância, para não ser uma “fonte de complicação”. Garante, contudo, já ter falado com Miguel Albuquerque, cuja atuação na gestão dos fogos recusa comentar.

Marcelo não vai visitar a Madeira durante os incêndios
Armando Franca/AP Photo

O Presidente da República não vai viajar para a Madeira enquanto o grande incêndio estiver a ser combatido. A garantia foi dada, esta sexta-feira, por Marcelo Rebelo de Sousa, que recusa, contudo, a comentar a atuação política e a gestão dos meios mobilizados para responder ao fogo. 

À margem de uma visita à Feira do Livro do Porto, o chefe de Estado adiantou que já falou “há uma semana” com o presidente do governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, mas rejeitou pronunciar-se sobre as críticas de que o governante tem sido alvo pela resposta dada do grande incêndio que afeta a região. Marcelo Rebelo de Sousa alega que tal seria interferir em matérias de autonomia regional. 

O Presidente da República foi questionado em relação a uma eventual deslocação ao arquipélago madeirense, por causa dos fogos, uma ideia que rejeitou. “Neste período imediato, não faz sentido.” 

“Noutros tempos, intervinha enquanto duravam as operações de resposta aos incêndios. Depois, a Proteção Civil disse que os políticos eram indesejáveis e uma fonte de complicação, eu passei a respeitar isso. Acompanho de longe, mas não apareço”, explicou o chefe de Estado. 

Marcelo Rebelo de Sousa adiantou, contudo, que o representante da República na Madeira, Ireneu Barreto – com quem tem estado “em contacto permanente” -, deverá visitar algumas instituições de respostas aos incêndios na próxima segunda-feira, se a situação no terreno o permitir – e que daí tirará mais conclusões. 

Ventura, Beleza e Kamala vs. Trump 

O Presidente da República foi também questionado quanto à proposta de André Ventura para referendar a imigração e sobre uma eventual candidatura de Leonor Beleza a Belém. Recusou-se a responder a ambas as questões, considerando que não seria apropriado. 

Foi ainda perguntado ao chefe de Estado qual o nome que preferia ver à frente dos Estados Unidos da América, Kamala Harris ou Donald Trump - à luz das recentes declarações do líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, que afirmou que “teria dificuldade” em escolher entre os dois. Também sobre este assunto Marcelo Rebelo de Sousa disse não poder pronunciar-se, mas foi um bocadinho mais longe. “Conhecendo as minhas posições sobre política internacional, não é difícil de adivinhar, deixou escapar.