País

Chega ameaça punir dirigentes do partido que não promovam manifestação contra imigração

Os dirigentes locais do Chega estão a ser pressionados a levar o máximo de militantes possíveis até Lisboa. À SIC, fontes oficiais confirmam que André Ventura admite consequências políticas para quem ficar aquém das expectativas.

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Convocada para as vésperas do Orçamento do Estado e para o dia do arranque do Congresso do PSD, a manifestação “contra a imigração descontrolada” assume a máxima importância para a estratégia do Chega.

André Ventura sabe que para conseguir passar uma imagem de força tem de liderar uma manifestação com várias centenas de pessoas e, para isso, as estruturas de todo o país estão a ser pressionadas a levar o maior número de militantes até Lisboa - e não só.

Na mensagem que circula pelas estruturas do Porto, revelada pelo Diário de Notícias, e a que a SIC teve acesso, Artur Carvalho, líder da concelhia de Santo Tirso, deixa bem claro o que está em cima da mesa:

"André Ventura considera esta manifestação uma prova de fogo e estará atento a todas as distritais e a todas as concelhias, tirando ilações do trabalho efetuado. (…) Também haverá consequências políticas para aqueles que decidirem relaxar e virar as costas ao partido e ao seu líder", lê-se na mensagem.

O discurso não foi diretamente transmitido por André Ventura, mas o presidente do Chega fez saber a quem de direito o que pensa e o que está disposto a fazer.

Ventura admite consequências políticas

À SIC, fontes oficiais da direção do Chega confirmam que a mobilização de cada estrutura distrital vai estar sujeita a avaliação no final da manifestação e confirmam que André Ventura admite consequências políticas para quem ficar aquém das expectativas.

As mesmas fontes explicam à SIC que estruturas e militantes podem ser castigados ao nível da participação em órgãos do partido, ou até mesmo em eventuais candidaturas eleitorais.