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Em Santa Maria da Feira e na Póvoa de Lanhoso, há castelos com forte ligação aos momentos fundadores de Portugal

Este sábado, a viagem pelos Castelos de Portugal leva-nos a dois locais com profundas ligações aos momentos fundadores do país: Póvoa de Lanhoso e Santa Maria da Feira.

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Na Póvoa de Lanhoso, encontramos o maior monólito granítico da Península Ibérica, onde foi erguido um castelo ainda antes da formação de Portugal. Este castelo, símbolo da cidade, possui muralhas que quase se perdem na imensidão da rocha que as sustenta.

A sua construção remonta a 1076, como atesta uma das primeiras placas epigráficas encontradas no local. Embora as muralhas tenham sido erguidas durante o reinado de D. Dinis e recuperadas no século XX, a história do castelo é rica e repleta de episódios, incluindo a trágica história da mulher do alcaide. D. Teresa de Leão, mãe de Dom Afonso Henriques, foi aprisionada no castelo após uma derrota para o filho.

Em Santa Maria da Feira, encontramos um dos castelos que melhor representa a evolução da arquitetura militar portuguesa. O castelo foi uma residência dos condes da Feira até um incêndio no início do século XVIII que o lançou para a ruína. No entanto, a determinação local e o esforço da comissão de vigilância foram fundamentais para a recuperação do património. Mais de 110 anos após o início da recuperação, o castelo continua a ser um importante ponto de interesse, sendo o palco de um dos eventos medievais mais reconhecidos da Península Ibérica.

O castelo de Santa Maria da Feira mantém uma forte ligação com a comunidade local, refletida na produção da típica fogaça, um pão tradicional feito no forno a lenha, que integra os famosos coruchéus associados ao castelo. O espaço, que resistiu ao tempo e às adversidades, promete continuar a ser um símbolo altaneiro sobre as muito antigas terras de Santa Maria.