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Pais e alunos protestam em frente à escola Eugénio de Andrade no Porto devido a falta de condições

A Associação de Pais da Escola Básica Eugénio de Andrade, no Porto, fez esta quinta-feira um protesto devido à falta de condições na escola. Os pais queixam-se que chove dentro da escola e que não há aquecimento nos meses de inverno. Exigem que sejam feitas obras de requalificação.

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No primeiro dia de aulas, Ana Francisca não esteve dentro da sala. Veio para a porta da escola ajudar a dar voz a um problema que é de todos. 

“A minha turma gosta muito de correr, brincar e às vezes nós não temos esse espaço para brincarmos porque ou os corredores para as salas estão cheios ou está a chover lá para dentro”, conta Ana Francisca, aluna. 

Alunos e pais concentraram-se em frente à escola básica Eugénio de Andrade, no Porto, para tentar impedir a abertura no arranque das atividades letivas. Queixam-se de uma escola degradada e pouco segura que não tem obras há mais de 45 anos. 

 A Eugénio de Andrade está na lista nacional de escolas a necessitar de requalificação com caráter muito urgente, mas até agora nada foi feito.  

A Câmara do Porto reconhece a necessidade de substituir o piso desportivo do pavilhão, mas diz que essa é uma competência do Ministério da Educação. Quanto a obras de fundo, a autarquia garante já ter sido aprovado o concurso público para aquisição de projetista, que deverá ser lançado na próxima semana. Tal como esta há centenas de escolas no país que continuam à espera. Um desespero para toda a comunidade educativa. 

“O Governo anterior deixou sinalizadas 451 escolas  de todo o país para terem obras de requalificação, e é isso que se pretende no mais curto espaço de tempo as obras estarem no terreno. É inadmissível nós continuarmos a ver meninos e meninas nas nossas escolas durante uma aula com um cobertor, com uma mantinha. Estas imagens são horríveis e não podem acontecer”, explica Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores. 

Meia hora depois do toque de entrada, a escola abriu por ordem da polícia e apesar da falta de condições há um ano letivo que agora começa para estes 400 alunos.