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Ataque em escola da Azambuja: "Obviamente que ainda há cicatrizes"

A escola básica da Azambuja tem bem presente o dia 17 em que um aluno de 12 anos esfaqueou colegas. A confiança dos pais tem regressado aos poucos, mas pedem o reforço do apoio à escola.

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Volvidos 10 dias do ataque na escola básica da Azambuja, Luís Ferreira, da associação de pais do estabelecimento, diz que as crianças “aparentam, fisicamente, estarem recuperadas”. No entanto, pede que o acompanhamento profissional não seja interrompido.

Obviamente que ainda há cicatrizes. Emocionalmente e psicologicamente, [as crianças] terão de ser acompanhadas por profissionais. É isso que nós pedimos, que o acompanhamento dos alunos, das famílias e de todos que estiveram envolvidos continue no tempo e não seja interrompido", afirma Luís Ferreira.

Na segunda visita à Azambuja, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, falou em privado com as seis crianças, com psicólogos e professores.

"Vamos refletir sobre o que aconteceu. A questão das tecnologias, hoje, altera o comportamento das crianças. (...) A questão da segurança nas escolas preocupa-nos. Estamos atentos e disponíveis para alterar regras de segurança", realça o ministro.

Apesar de considerar este ataque um ato isolado, Fernando Alexandre compromete-se a reforçar o número de vigilantes e psicólogos nas escolas.

"Na maior parte dos casos são pessoas com contratos precários há muitos anos. Vamos lançar concursos para que essas pessoas passem para os quadros".