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Operação Vórtex: Pessegueiro diz que só não entregou 50 mil euros a Miguel Reis por casualidade

Ao terceiro dia de julgamento da Operação Vórtex, Francisco Pessegueiro continua a ser ouvido. Há três semanas, logo na primeira sessão, o empresário tinha admitido que "em boa verdade, sim", os factos que constam da acusação de corrupção são verdadeiros.

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O empresário Francisco Pessegueiro, arguido na Operação Vórtex, disse que só não entregou os 50 mil euros alegadamente pedidos pelo ex-presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, por "casualidade", admitindo ter mentido no interrogatório.

Segundo o Pessegueiro, presente no Tribunal de Espinho para a terceira sessão de julgamento, Miguel Reis pediu-lhe esse valor como taxa de urgência para acelerar o licenciamento de alguns projetos imobiliários.

O empresário disse estar profundamente arrependido e garantiu que só o fez para mostrar ao pai conservador que era capaz de tomar conta dos negócios, mas admite que se meteu numa aventura para a qual não tinha jogo de cintura.

Miguel Reis continuou a negar: “Nunca lhe pedi nada. É completamente falso”.

Pessegueiro admite corrupção

Há três semanas, logo na primeira sessão do julgamento, Francisco Pessegueiro tinha admitido que "em boa verdade, sim", os factos que constam da acusação de corrupção são verdadeiros.

Na altura, o empresário revelou que Pinto Moreira, presidente da Câmara de Espinho antes de Miguel Reis, lhe tinha pedido 50 mil euros para acelerar processos.

A operação Vórtex colocou no banco dos réus 13 arguidos, incluindo cinco empresas. A acusação do Ministério Público diz que os autarcas e funcionários municipais receberam subornos de empresários para favorecer empreendimentos em Espinho.