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Das 450 escolas portuguesas que precisam de obras, apenas 75 serão requalificadas até junho

Quem percorre os corredores da Escola Secundária Arco Íris depara-se com problemas nas salas de aula, nas casas de banho e nos serviços administrativos. No exterior, a situação é igual e coloca em causa a segurança da comunidade escolar.

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Portugal tem cerca de 450 escolas a precisar de obras de requalificação, mas até ao final de junho apenas 75 vão sofrer intervenções no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Apesar da ajuda dos fundos europeus, centenas de escolas, como uma que a SIC foi conhecer, continuam sem condições.

A solidariedade dos pais dos alunos da Escola Secundária Arco Íris, na Portela tem sido a solução para alguns dos problemas que saltam à vista. Na sala 12, do bloco C, há problemas que afetam diariamente os estudantes.

"Esta escola tem, de facto, graves problemas a nível da rede elétrica, que não aguenta sequer os projetores das salas ou os aquecedores", disse, à SIC, o diretor do Agrupamento das Escolas de Portela e Moscavide.

Quem percorre os corredores da Escola Secundária Arco Íris depara-se com problemas nas salas de aula, nas casas de banho e nos serviços administrativos. No exterior, a situação é igual e coloca em causa a segurança da comunidade escolar.

"No ano passado, uma docente teve imensos meses de baixa, porque deu uma queda num desses espaços exteriores", recordou o diretor do Agrupamento das Escolas de Portela e Moscavide.

Estudantes e pais em protesto pela falta de condições em Escola Secundária da Portela

O Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses chegaram a acordo para a recuperação de escolas até 2033. Até lá, Portugal tem metas a cumprir: até junho do próximo ano, tem de construir ou recuperar 75 escolas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Nesta primeira fase, vão ser investidos 450 milhões de euros. De fora, por agora, ficam 380 escolas, como é o caso da Escola Secundária Arco Íris, na Portela.

"Eu e os nossos colegas da associação [de pais] pintámos todos os átrios", contou Liliana Fonseca Moleiro.

Pelo menos nos próximos 10 anos, esta escola não será uma das requalificadas. Ao contrário da básica Gaspar Correia, do mesmo agrupamento, localizada a poucos metros. As obras vão começar em fevereiro e durar dois anos, período em que os alunos terão aulas em monoblocos.