Da esquerda à direita, os partidos condenam a atuação da ministra da Saúde na gestão do INEM. Ana Paula Martins foi ouvida na terça-feira, no Parlamento, onde lamentou as mortes ocorridas e assumiu "total responsabilidade" pelas falhas.
O PS diz que Ana Paula Martins já deveria ter deixado o cargo: “O primeiro-ministro devia ter demitido” a ministra.
O Chega acusa a ministra de inação: “A senhora ministra falhou porque não liderou e não tomou decisões. A desilusão da população com a sua inação é enorme.”
O BE defende contrações urgentes: “Em vez de iniciar já a contratação para os trabalhadores em falta, precisam de fazer uma bolsa de recrutamento para depois contratar quando for preciso? É preciso agora.”
O PCP também deixa críticas à ministro: “Vem aqui dizer que é uma prioridade, mas a verdade é que ao fim de sete meses não fez nada”.
“Numa tarde ministra sentou-se à mesa com sindicatos, mostrou disponibilidade para negociar, e a greve foi suspensa. Por que é que isso não foi feito antes?”, questionou o Livre.
Depois de se terem verificado pelo menos 11 mortes alegadamente relacionadas com falhas na resposta do INEM, foram abertos vários inquéritos e vários partidos da oposição pediram diretamente a demissão da ministra da Saúde, enquanto outros desafiaram o primeiro-ministro a avaliar se Ana Paula Martins tem condições para se manter no cargo.
Na resposta, Luís Montenegro considerou que as dificuldades no INEM não se resolvem com a demissão de Ana Paula Martins, alegando que a consequência política a tirar passa por resolver os problemas do instituto.