O recluso Fernando Ribeiro Ferreira, um dos cinco homens que fugiram da prisão de Vale de Judeus, foi detido pela Polícia Judiciária, em Castanheira de Chã, no concelho de Montalegre, Trás-os-Montes.
O ex-investigador da Polícia Judiciária, Carlos Carmo, explica que os procedimentos habituais neste tipo de investigações passam pela recolha de informação, reconstituição da vida e trabalho no terreno, recorrendo a todos os meios disponíveis.
Em entrevista à SIC Notícias, afirma que já era expectável que os primeiros fugitivos a serem recapturados fossem os portugueses e diz acreditar que a recaptura dos restantes reclusos “vai ser mais difícil” por serem estrangeiros. Ainda assim, não perde a esperança que venham a ser detidos pelas autoridades.
O ex-investigador da PJ sublinha ainda a importância da segurança e diz que as autoridades podem ter de esperar para agir, mesmo que tenham a certeza da localização dos homens.
“Neste tipo de investigações e quando se trata da Polícia Judiciária, há timings que têm de ser respeitados. Mesmo que haja uma suspeita ou uma certeza da localização desta pessoa, há que aguardar o momento certo, porque estas operações devem ser feitas com o máximo de segurança, quer para as pessoas que vão realizar a recaptura, quer para o próprio evadido.”
Carlos Carmo afirma que é “importante que este tipo de operações ocorra de uma forma exemplar e eficaz, sem criar perigo para ninguém”.
Fernando Ferreira foi o segundo recluso recapturado, depois de Fábio Loureiro ter sido detido em Marrocos, a 7 de outubro. No início de novembro, a Procuradoria-Geral da República confirmou o envio do pedido formal de extradição.
O grupo de cinco evadidos, com idades entre os 33 e 61 anos, inclui ainda o georgiano Shergili Farjiani, o argentino Rodolf José Lohrmann e o britânico Mark Cameron Roscaleer.