A recolha do lixo vai estar condicionada entre o Natal e o Ano Novo por causa de uma greve do setor. Na Câmara de Lisboa, a paralisação está marcada para os dias 26 e 27, sendo que entre os dias 25 e 31 a greve irá abranger o trabalho suplementar.
Nas ruas da capital, trabalha-se normalmente nesta quinta-feira, mas o coordenador da Unidade de Higiene Urbana do Centro Histórico, Nuno Bernardo, prevê um cenário crítico caso as negociações entre sindicato e autarquia não resultem.
“A cidade ficará um caos se a greve for para frente, tanto para as pessoas, entidades, hotéis. Toda a área onde haja turismo e mesmo a periferia da cidade vai ficar um caos”, garante Nuno Bernardo.
Carlos Moedas já garantiu que fará “de tudo” para evitar o que considera ser uma “greve injusta” que "afetará a cidade durante nove dias”. O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa e a Câmara Municipal reúnem-se esta quinta-feira, por volta das 12h15.
900 toneladas por dia
O coordenador da Unidade de Higiene Urbana do Centro Histórico conta à SIC que “tem havido uma produção bastante elevada de lixo” e que “a Câmara Municipal de Lisboa recolhe cerca de 900 toneladas de lixo por dia”. Além disso, com o Natal e o Ano Novo, a tendência é piorar.
“A produção aumenta nesta época festiva, tanto a quantidade de papel, embalagem, o próprio lixo orgânico. A Câmara Municipal está a preparar-se para reduzir o máximo o impacto dessa época”, afirma Nuno Bernardo.
Trabalhadores exigem aumento salarial
Os trabalhadores da limpeza urbana dos municípios de Lisboa e Oeiras e da Resinorte, que abrange dezenas de autarquias da região Norte, vão estar em greve nos dias 26 e 27, reivindicando aumentos de salários, indicou esta terça-feira o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
Na Câmara de Lisboa, a paralisação também vai abranger o trabalho suplementar nos dias 25 e 31.