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Queixa contra operação policial no Martim Moniz: "Quem instrumentaliza a polícia é o Governo"

A deputada Isabel Moreira, do Partido Socialista, (PS) é uma das signatárias da carta que será enviada à Provedoria de Justiça na sequência da operação policial no Martim Moniz.

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A operação do Martim Moniz vai chegar à Provedoria de Justiça. Vários deputados e personalidades públicas assinaram uma queixa contra a atuação policial, que gerou uma onda de polémica dentro e fora da esfera política.

A deputada Isabel Moreira, do Partido Socialista (PS), é uma das signatárias desta carta, que será enviada até dia 6 de janeiro. Em entrevista à SIC Notícias, fala num "contexto perigoso e explosivo" e acusa o Governo de associar a imigração à criminalidade para distrair os portugueses dos problemas que assombram o país.

"Para distrair os portugueses dos problemas que atravessamos, o Governo fez algo que eu considero vil, atentatório da República e dos 50 anos do 25 de Abril que estamos a comemorar. A partir desta associação entre a imigração e a criminalidade, tomou as rédeas de operações policiais e anunciou que este tipo de operações são para repetir-se", referiu a deputado socialista.

Isabel Moreira reforça a ideia de que o Governo está a instrumentalizar as forças de segurança e recorda a conferência de imprensa do primeiro-ministro.

"A polícia é muito bem-vinda e a segurança é um tema fundamental, desde logo para o meu partido. Mas a segurança é de todos e de todas. O fascismo e a extrema-direita sempre quiseram a segurança, mas apenas a segurança de alguns e não de todos e todas.", frisa.

Os signatários da carta pedem que a provedora apure a legitimidade, tentando evitar comportamentos idênticos no futuro. O documento circula nas rede sociais, assim como uma convocatória de manifestação para a Avenida Almirante Reis prevista para 11 de janeiro.