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Plano para a Saúde: grupo de trabalho fala em medidas positivas, mas algumas “devem ser revistas”

O plano do Governo para a saúde está a produzir resultados. É a conclusão do primeiro relatório do grupo de trabalho criado pelo governo para avaliar a execução das medidas. Os especialistas dizem que o balanço é positivo, mas alertam para a necessidade de rever algumas metas, e de aumentar a capacidade de recrutamento de médicos. 

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O plano de emergência para a saúde foi uma das primeiras promessas que o Governo concretizou depois de iniciar funções. Ao fim de sete meses em prática, o primeiro balanço é positivo. 

“Das medidas que nós avaliámos, urgentes e prioritárias, 70% estão concluídas”, disse Carlos Robalo Cordeiro, coordenador do grupo de trabalho do plano de emergência

O grupo de trabalho criado para avaliar a execução do plano entregou o primeiro relatório à ministra da saúde. No documento são referidos vários casos com bons resultados, entre eles o da criação da linha SNS Grávida e o do programa Oncostop. 

“Até 31 de agosto conseguiu expurgar, retirar, os doentes que estavam em lista de espera para cirurgia oncológica dessa lista acima do tempo médio de resposta garantida. Nas grávidas, por exemplo, já existe uma diminuição, desde que existe esta Linha SNS Grávida, de 26% do recurso às urgências por parte das grávidas", explicou Carlos Robalo Cordeiro. 

Ainda há muito caminho por fazer, sobretudo para resolver o problema crónico da falta de recursos humanos nos hospitais públicos e nos centros de saúde, até porque há ainda um milhão e meio de portugueses sem médico de família. 

"A recomendação é sempre a mesma: maior capacidade de recrutamento de médicos para o Serviço Nacional de Saúde (...) reforço da articulação entre o serviço público e o privado, isso é muito importante”, enumerou o coordenador do grupo de trabalho do plano de emergência. 

Melhorar as distâncias que os utentes percorrem para ter acesso aos cuidados é outra das preocupações. O grupo de trabalho que avaliou o plano do Governo diz que as medidas são arrojadas e que podem ter de ser ajustadas. 

"Há prazos de medidas que nós propomos a alteração. Medidas que devem ser revistas e que eventualmente não haja capacidade de as implementar”, disse o coordenador do grupo de trabalho do plano de emergência

De fora do primeiro relatório ficaram as recentes falhas apontadas à linha SNS 24. Os casos de encaminhamentos errados deverão fazer parte do próximo documento.