Várias escolas do concelho de Sintra estão esta quinta-feira encerradas devido à greve dos trabalhadores não docentes. Exigem a contratação de mais profissionais para garantirem a segurança dos alunos, sobretudo do que tem necessidades educativas especiais.
A manhã não começou como planeado para a família de Nuno Fernandes. Assim que chegou à escola do filho foi surpreendido com um aviso no portão.
A possibilidade de ficar em teletrabalho ajuda nestas situações cada vez mais frequentes.
No concelho de Sintra, várias escolas estão encerradas devido à greve dos trabalhadores não docentes.
"Eu tenho sete crianças na sala, desde autismo mais leve ao mais pesado, crianças com crises (...). Uma criança destabiliza as outras todas", conta Joana Rodrigues, assistente operacional.
Ana Paula Moreira, assistente operacional há 32 anos, destaca que é importante incluir as crianças com necessidades educativas especiais, mas pede o "apoio de mais assistentes operacionais".
"Não estamos a conseguir dar conta", refere.
Queixam-se da falta de formação para tratarem das crianças com necessidades educativas específicas. Os horários extensos devido à falta de profissionais é outra das reclamações.
O protesto em frente à Câmara Municipal de Sintra contou com auxiliares e também com o apoio de encarregados de educação.
A luta dos não docentes começou no final do ano passado com várias greves em todo o país. A gestão dos mesmos é partilhada entre as autarquias e o Ministério da Educação que é quem define os rácios dos funcionários por agrupamento.