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Operação Influencer: constituído novamente arguido, Escária nega responsabilidade pela pen encontrada

Em causa está a apreensão, em novembro de 2023, de uma 'pen-drive' guardada num cofre do gabinete de trabalho do antigo chefe de gabinete com a identificação e outros dados pessoais de centenas de agentes do Serviço de Informação e Segurança, Serviço de Informações Estratégicas e Defesa, Polícia Judiciária e Autoridade Tributária.

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O antigo chefe de gabinete de António Costa foi constituído arguido por violação do segredo de Estado. Vítor Escária foi esta quinta-feira interrogado no Ministério Público sobre os dados pessoais de espiões e inspetores portugueses, guardados numa pen encontrada no gabinete que ocupava em São Bento.

Ao que a SIC apurou, Vítor Escária garantiu aos procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) que a pen com informação classificada já estava no cofre onde foi encontrada quando passou a trabalhar na residência oficial do primeiro-ministro.

Vítor Escária foi questionado sobre a 'pen-drive' encontrada nas buscas em São Bento que continha dados pessoais de centenas de espiões das secretas e inspetores da Judiciária e da Autoridade Tributária.

Pen (qual pen?) encontrada no gabinete de Escária dá origem a novo processo

Essa descoberta levou o Ministério Público a abrir um novo inquérito a partir da Operação Influencer.

Operação levou à queda do anterior Governo

O primeiro-ministro António Costa apresentou a sua demissão ao Presidente da República em 7 de novembro de 2023, por causa de uma investigação judicial sobre a instalação de um centro de dados em Sines e negócios de lítio e hidrogénio.

Os inquéritos-crime com origem na chamada Operação Influencer, que levou à queda do anterior Governo, envolvem o Centro de Dados de Sines, o investimento em lítio, o projeto de hidrogénio e António Costa que, apesar de suspeito, nunca foi constituído arguido.

Na altura, a operação levou à detenção de Vítor Escária (chefe de gabinete de António Costa), Diogo Lacerda Machado (consultor e amigo de António Costa), dos administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, que ficaram em liberdade após interrogatório judicial.