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Operação Influencer: pen encontrada no cofre do gabinete de Escária dá origem a novo processo

António Costa diz desconhecer em absoluto a pen encontrada em São Bento, com informação classificada, e que deu origem a um novo processo ligado à operação Influencer. O ex-primeiro-ministro não sabe do que se trata, mas Iniciativa Liberal e Chega querem que dê explicações no Parlamento.

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Foi encontrada num cofre no gabinete de Vítor Escária no decurso das buscas da operação Influencer. Falamos de uma pen com informação classificada e algo que António Costa diz desconhecer.

“Em momento algum, foi confrontado com a existência desta alegada pen ou com o seu conteúdo. Desconhece em absoluto do que se trata”, diz a defesa do ex-primeiro-ministro em resposta à SIC e face às notícias de que um inquérito autónomo, entretanto, instaurado.

As suspeitas deste novo processo, instaurado em novembro passado, um ano depois das buscas em São Bento que conduziram à demissão de António Costa, e relevado esta semana pela revista Sábado, dizem respeito a suspeitas de violação do segredo de Estado.

Em causa estão dados pessoais de mais de 400 espiões e inspetores, agentes do Sistema de Informações de Segurança, de Informações Estratégias de Defesa, da Polícia Judiciária e da Autoridade Tributária (AT).

A dita pen já se encontraria em São Bento, antes de Escária se tornar chefe de gabinete.

Por esse motivo, a Iniciativa Liberal (IL) quer ouvir todas estas pessoas no Parlamento: “Os chefes de gabinete de António Costa, Francisco André e Vítor Escária, o próprio primeiro-ministro de então, e também os diretores serviços de informação e outras entidades”, revelou o líder da IL, Rui Rocha.

O Chega juntou-se aos pedidos de audições e, em comunicado, pede para que sejam ouvidos, com urgência, o secretário-geral do SIRP e o diretor nacional da PJ.

Refira-se que este novo inquérito, autónomo da Operação Influencer, corre no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e está em segredo de justiça.