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Últimos dois fugitivos de Vale de Judeus devem ser extraditados para Portugal

As autoridades divulgaram esta sexta-feira imagens e pormenores da captura, que decorrem em Espanha, e confessaram que foi um bónus apanharem Mark Roscaleer e Rudolfo Lohrmann juntos.

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No momento da detenção, estavam na posse de armas, documentos falsos, várias matrículas e 50 mil euros em dinheiro. Rudolfo Lohrmann ficou em prisão preventiva, Mark Roscaleer deverá ser presente a juiz no domingo.

A polícia espanhola já tinha um dos homens sob vigilância e a oportunidade de o prender surgiu numa bomba de gasolina em Alicante. As imagens de drone mostram Mark Roscaleer, de 38 anos, fora do carro, a entrar no edifício, quando se aproxima um carro de onde saem três agentes que o conseguem imobilizar.

Logo a seguir, aproxima-se outro carro e mais polícias correm para dentro do edifício. Nesta imagem, divulgada pelo Corpo Nacional de Polícia de Espanha, além do britânico, já está também deitado no chão e algemado o argentino Rudolfo Lohrmann, 61 anos, considerado o cérebro da evasão de Vale de Judeus.

No cadastro de ambos os detidos constam crimes como homicídio, sequestro, roubo e outros atos de extrema violência. A polícia calculava que estivessem armados mas, no momento da detenção, não foi disparado um único tiro.

Na conferência de imprensa conjunta desta manhã, estava também presente o diretor nacional da Polícia Judiciária. Luís Neves recusou falar da investigação à atividade destes fugitivos no país, onde se suspeita de criminalidade organizada, e destacou a cooperação entre as polícias dos dois países.

O argentino foi presente ao tribunal de Alicante e ficou em prisão preventiva, sem possibilidade de fiança. O britânico deverá comparecer perante o juiz no próximo domingo. Só depois começaram os passos judiciais relativos à extradição.

“Missão cumprida”

O diretor da Polícia Judiciária considera que este é um dia feliz para a Justiça.

"A missão está cumprida, depois de cinco meses", diz Luis Neves.

A fuga de cinco presos de Vale de Judeus, a 7 de setembro de 2024, pôs a nu uma série de fragilidades na vigilância e segurança do sistema prisional português.

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