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Carreira dos enfermeiros: ULS da Cova da Beira vai pagar retroativos em dívida há sete anos

Na Covilhã, a Unidade Local de Saúde da Cova da Beira, vai pagar o dinheiro em dívida no salário dos profissionais de saúde que há 7 anos aguardam pelos retroativos das progressões nas carreiras. Em causa estão 10 milhões de euros.

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A retirada das faixas de protesto junto à entrada principal do hospital da Covilhã é um ato simbólico para assinalar a conquista dos enfermeiros que 7 anos depois vão receber o dinheiro em dívida.

São 10 milhões de euros dos retroativos desde 2018, altura do congelamento das progressões de todas as carreiras da administração pública. A reivindicação era antiga e foi pretexto de greves e manifestações, mas a recente administração da Unidade local de Saúde assumiu o compromisso de resolver o problema.

A grande fatia cabe aos enfermeiros que aqui são cerca de 150 mas também outras profissões vão ver pagos os retroativos em falta no salário.

"Faseadamente será em julho o ano de 2018, em dezembro o ano 2019 e para o ano, em 2026, [disseram] que iam contactar novamente os sindicatos para informar como é que seria novamente feito o pagamento”, explica Conceição Ribeiro do Sindicato dos enfermeiros portugueses.

O sindicato espera agora que a ULS de Castelo Branco siga o exemplo da Cova da Beira. Na capital de distrito são mais de 100 os enfermeiros que esperam pelo dinheiro. A dívida chega aos nove milhões de euros:

Em Castelo Branco, a administração que até considera a reivindicação justa tem alegado a falta de cabimento orçamental que permita pagar a dívida.

Na ULS da Cova da Beira há o compromisso do pagamento faseado mas a intenção é resolver o problema o quanto antes, por isso, já foi pedido um reforço financeiro à administração central dos serviços de saúde que aguarda ainda resposta.