O preço da água é cada vez mais desigual em todo o país, dependendo do município. Há zonas onde os consumidores pagam seis vezes mais do que noutras e a diferença começou a acentuar-se nos últimos três anos.
Segundo um estudo da DECO PROteste, na Moita, a sul do Tejo, onde o valor é mais barato, uma família que gaste 180 metros cúbicos num ano paga pouco mais de 65 euros; já em Santa Maria da Feira, no norte do país, pelo mesmo consumo a família tem uma despesa de quase 419 euros.
Entre 2022 e 2024, o fosso entre os concelhos com o preço mais elevado e o mais baixo aumentou mais de 57 euros e situa-se atualmente em 354 euros.
O estudo da DECO PROteste analisou os preços cobrados pelo serviço de abastecimento de água, deixando de fora o saneamento e os resíduos, e conclui que as politicas de harmonização exigem uma intervenção mais efetiva da entidade reguladora.
Os concelhos onde a água é mais cara e mais barata
Entre os municípios com os tarifários mais elevados para o consumo de água estão Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro), Oliveira de Azeméis (Aveiro) e Ourém (Santarém).
Os mais baratos são a Moita (Setúbal), Terras de Bouro (Braga), Barrancos (Beja), Castro Daire (Viseu) e Alcácer do Sal (Setúbal).