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Montenegro reage à moção de censura do Chega e esclarece dúvidas sobre empresa familiar

O primeiro-ministro recusou que um governante com ações numa empresa imobiliária fique necessariamente em conflito de interesses relativamente à lei dos solos, considerando que o mesmo raciocínio poderia ser aplicado aos deputados.

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O primeiro-ministro garantiu na Assembleia da República que todo o processo relativo à empresa é legal e distribuiu aos deputados os rendimentos do agregado familiar dos últimos 15 anos.

Em resposta às perguntas sobre a sociedade que fundou em 2021 e transmitiu para a mulher, justificou as razões pelas quais o fez, quais os serviços prestados e por que razão o número de telefone pessoal está associado à empresa.

A primeira moção de censura a Luís Montenegro entrou em cena. Luís Montenegro foi direto ao assunto para responder às dúvidas que se acumularam nas últimas semanas sobre a SPINUMVIVA, empresa que diz ter criado para os filhos, caso voltasse à política, ou para o próprio, caso continuasse fora dela.

Sem qualquer conflito com a lei dos solos, garante o primeiro-ministro, que nega que a empresa seja uma imobiliária, revelando que os maiores negócios estiveram relacionados com a reestruturação de uma empresa de comércio de combustíveis e com várias auditorias a empresas que queriam adaptar-se ao novo Regulamento Geral de Proteção de Dados.

Montenegro garantiu ainda que as rendas que existem são de um automóvel. Quanto ao número de telemóvel associado à empresa, assume que é o número pessoal, mas explica que é assim porque é o que consta no registo inicial da SPINUMVIVA.

Luís Montenegro respondeu e, no fim, pediu ao Parlamento para focar a sua atenção no país. Os partidos, por sua vez, apontaram as baterias à Lei dos Solos.