Mais de um ano depois de uma noite perturbadora, André Villas Boas contou ao Tribunal como acordou em sobressalto a 22 de novembro de 2023 com o rebentar de petardos à porta de casa.
Depois do registo da polícia no local e de uma ronda ao perímetro da habitação, deitou-se, mas quando a campainha tocou às 4:30 deparou-se com um vulto no intercomunicador, o vigilante que tinha contratado estava ferido.
Prestou os primeiros socorros ao zelador dentro de casa que "atordoado" dizia ter sido "espancado". Na rua, estava uma "enorme poça de sangue", uma garrafa de 'whisky' vazia, um casaco branco e o carro do vigilante tinha desaparecido.
André Villas Boas descreveu ao coletivo de juízes uma noite "intensa, violenta e traumatizante". Na altura era candidato à presidência do FC Porto, mas o Ministério Público não estabeleceu relação entre a agressão e as eleições do clube.
De assistente no processo, André Villas Boas passou a testemunha. Quatro arguidos, jovens com antecedentes criminais, respondem por 20 crimes de furto qualificado, dano e roubo que terão sido cometidos numa só madrugada em vários locais do Porto.