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População corta acesso ao aterro sanitário de Vila Real para exigir o fim da infraestrutura

Em ação de protesto, habitantes e autarcas cortaram esta sexta-feira de manhã o acesso ao aterro sanitário de Vila Real para exigir o fim da infraestrutura. O depósito de lixo afeta a vida de quatro freguesias que esperavam o encerramento no início deste ano.

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O presidente da junta de Andrães deu o mote para a manifestação que juntou cerca de 50 pessoas à entrada do aterro sanitário de Vila Real. Há mais de um ano que esperam o encerramento do depósito de lixo e desta vez decidiram mesmo bloquear o acesso aos camiões que descarregam aqui os resíduos.

“Querem renovar mais dois anos e a junta de freguesia não concorda, a câmara municipal não concorda, já escrevemos para lá que não concordamos. Têm aqui um prédio de cinco andares e querem formar um de 10 andares”, diz Jorge Alves, presidente da junta de freguesia de Andrães. 

Em comunicado, a Resinorte, a empresa que gere o aterro, diz que a infraestrutura se encontra em processo de encerramento faseado. 

Já foram realizadas obras de selagem em 2024 em 50% do talude e é para continuar esse trabalho que foi feito o pedido à CCDR-N - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte - mas essa informação não terá sido assim percebida pelos autarcas de Vila Real que tinham garantias de que tudo estaria concluído no início deste ano.

“O aterro já chegou ao seu limite, já ultrapassou a capacidade que tinha licenciada, está a laborar de forma, na minha opinião, ilegal e, portanto, chegou a hora de dizer basta”, afirma Rui Santos, presidente da câmara municipal de Vila Real 

O aterro sanitário de Vila Real já está instalado há mais de 20 anos na zona de Nogueira paredes meias com a A24. São quatro as freguesias que se dizem afetadas pelo lixo que aqui é depositado vindo de vários pontos do país.