Pelo menos 21 bebés nasceram em ambulâncias nos primeiros quatro meses de 2025. A ministra da Saúde normaliza os números e insiste que as grávidas devem ligar para a linha SNS 24.
Rodeada de técnicos do INEM e bombeiros, foi assim que Maria, na fotografia, nasceu. Dentro de uma ambulância em plena A1, depois de a mãe ter tentado dar entrada na maternidade de Aveiro, que estava fechada.
Maria é um dos 21 bebés que nos primeiros meses deste ano nasceram em ambulâncias, números do jornal Expresso, que fez uma contabilização informal destes números.
Em janeiro, três bebés nasceram em ambulâncias, em fevereiro e março foram praticamente o dobro e em abril cinco.
Números que o Ministério da Saúde normaliza, mas que garante não serem o objetivo.
A maioria dos casos contabilizados pelo jornal Expresso aconteceu em Lisboa e Vale do Tejo, região onde há mais blocos de partos fechados e as urgências de obstetrícia têm mais constrangimentos.
No feriado, estarão quatro blocos fechados, três delas na Margem Sul.
A ministra assume os constrangimentos, volta a insistir na referenciação e responde ao ex-diretor-Executivo do SNS, garantindo que plano de emergência para a saúde esta a funcionar.
No ano passado, o INEM contabiliza 25 partos em ambulância. Já o jornal Expresso contabiliza mais de 40. Valores discrepantes porque os profissionais de emergência médica não são obrigados a explicar se os partos assistido acontecem nas viaturas ou noutro local.