O jornalista da SIC Luís Maia e o advogado Vítor Parente Ribeiro analisam, na SIC Notícias, o sistema de comunicação encriptado utilizado pela rede de tráfico de droga que poderá alegadamente envolver o cantor Nininho Vaz Maia.
O artista foi levado para a Polícia Judiciária (PJ) mas "não terá prestado declarações", diz Luís Maia. As autoridades terão "ido à procura" de algo à casa do músico, mas droga não encontraram. O telemóvel foi-lhe apreendido "para que se possam fazer perícias".
Terá sido através de comunicações intercetadas que a PJ "apontou a mira para determinados suspeitos", acrescenta o jornalista. As autoridades acreditam que o cantor tivesse um "papel na rede". Qual? "Ainda não é certo".
"O que é certo é que as comunicações intercetadas deram a entender à polícia que valia a pena fazer buscas", afirma.
Nininho Vaz Maia foi constituído arguido por suspeitas de tráfico de droga e associação criminosa, mas não foi detido, destaca o jornalista da SIC.
Já o advogado Vítor Parente Ribeiro lamenta que a comunicação social tenha informações logo a seguir aos mandados de busca.
"Devia entristecer os operadores judiciários, é um assassinato público que é feito. Lamento profundamente que o Ministério Público e a Polícia Judiciária atuem desta maneira", refere.
Em relação ao sistema de comunicação encriptado, o Sky, o advogado explica que as operadoras fornecem serviços de telecomunicações encriptados, como o Whatsapp. As autoridades conseguem fazer uma recolha massiva de dados, acrescenta.
Na SIC Notícias, explica que as comunicações são "altamente duvidosas cuja credibilidade não é possível comprovar".
Um dos detidos é advogado
Duas pessoas foram detidas, uma delas advogada. Foram presentes a primeiro interrogatório judicial e saíram em liberdade com termo de identidade e residência.
A SIC sabe que a Judiciária ainda procura o alegado cabecilha da rede, que está em fuga.
A rede usaria a aplicação SKY ECC, que torna quase impossível a interceção das comunicações.