"Na sequência da emissão, na edição do "Jornal da Noite" da SIC Notícias, de 05/02/2025, da reportagem com o título "O misterioso desaparecimento de Julija: criança eslovena terá sido trazida para Portugal para viver num culto", reportagem que ainda se mantém pública, nomeadamente na página www.sicnoticias.pt, foi Lana Praner acusada de ser líder de um culto ou seita e, nessa qualidade, de ser responsável pelo desaparecimento de uma criança e sua mãe, o qual ocorreu na Eslovénia há mais de dois anos.
Estas acusações não têm a mínima correspondência com a verdade e provêm da perseguição mediática que tem sido movida contra Lana Praner por Peter Pogačar — pai da criança desaparecida -, e que se verifica desde há mais de dois anos a esta parte e um pouco por toda a Europa.
Para tal, Peter Pogačar faz uso da sua ligação familiar com o famoso ciclista Tadej Pogačar para aliciar o interesse dos meios de comunicação social, o que se revela evidente também nesta reportagem com a divulgação da relação familiar e de imagens do desportista em questão, que não têm qualquer relevo para a notícia objeto da reportagem.
Lana Praner lamenta o desaparecimento de Julija e faz votos para que o paradeiro da criança seja descoberto, mas é falso que tenha qualquer relação com a decisão tomada pela mãe de Julija, nem vai especular pelas razões que terão levado à fuga de mãe e filha da Eslovénia.
A SIC Notícias e o jornalista Diogo Torres produzem e emitem uma reportagem que dá voz a um conjunto de acusações e insinuações infundadas, sobrepondo a notícia sobre o desaparecimento da Julija com a pretensa existência de um culto/seita, alegadamente chefiado por Lana Praner, sedeado em São Miguel, onde residiriam os seguidores de Lana Praner e para onde teria fugido a mãe de Julija.
O jornalista ignorou as declarações do filho de Lana Praner, que negou qualquer conhecimento sobre o paradeiro da criança desaparecida, nem se deu ao trabalho de identificar correctamente as pessoas que encontrou na residência de Lana Praner.
Tratam-se de familiares de Lana Praner, filhos e companheira de um dos filhos.
O que a reportagem não consegue apresentar, por não existirem, são as provas que possam fundamentar tais suspeitas.
As autoridades policiais eslovenas e a Interpol investigaram as suspeitas levantadas por Peter Pogačar e nenhuma prova do envolvimento de Lana Praner no desaparecimento foi encontrada, não tendo sido Lana Praner sequer considerada suspeita na investigação.
Apesar de noticiada a presença da criança desaparecida em São Miguel, no alegado culto chefiado por Lana Praner, a verdade é que nem a investigação aberta pela Polícia Judiciária de Ponta Delgada, nem as inquirições feitas pelo jornalista Diogo Torres produziram qualquer resultado que corroborasse esta falsidade, pela simples razão de tais imputações serem falsas.
Pelo contrário, todas as pessoas inquiridas em São Miguel pelo jornalista negaram conhecer ou sequer terem visto Julija e a mãe, chegando mesmo a afirmar nunca terem visto qualquer criança na companhia de Lana Praner e sua família.
Não obstante ser matéria relativa à vida privada de Lana Praner e que não deveria ser do conhecimento público, a verdade é que Lana Praner decidiu mudar-se para São Miguel, com a sua família, há cerca de cinco anos, em busca de tranquilidade e segurança, como tantos outros cidadãos estrangeiros fizeram nos últimos anos, incluindo outros cidadãos eslovenos.
É falso que outras pessoas, para além da sua família, residam com Lana Praner e que a mesma seja responsável por um culto ou seita de cariz religioso.
A actividade da Academia de desenvolvimento holístico de Lana Praner é pública e transparente e assenta na livre adesão das pessoas que assistem aos conteúdos que a mesma divulga de forma gratuita. Cada indivíduo é livre de usar tal conteúdo da maneira que entenda ser mais benéfico para si.
Em conclusão, a colagem de Lana Praner à notícia sobre o desaparecimento de Julija Pogačar, incentivada e impulsionada pelas acusações infundadas de Peter Pogačar, é uma violação dos direitos, liberdades e garantias de Lana Praner e sua família, com reflexos negativos na sua vida, incluindo ameaças à vida, sendo devido a reposição da verdade pelo presente direito de resposta.
Lana Praner é uma cidadã eslovena de pleno direito, sem qualquer condenação por qualquer tribunal, e está a sofrer danos irreparáveis pessoais e materiais, a título pessoal e familiar com a publicação desta notícia/reportagem.
Lana Praner procurará junto das instâncias próprias o apuramento da responsabilidade de todos os envolvidos na divulgação desta reportagem repleta de acusações e insinuações sem qualquer fundamento.
Lana Praner"