O verão é, por excelência, a melhor altura para o negócio dos gelados artesanais, inspirados nas tradições italianas e cada vez mais populares em Portugal. As lojas multiplicam-se por todo o país e as redes sociais não são indiferentes a este fenómeno.
Um dos nomes mais antigos do setor é o da Gelataria Santini. O negócio de família surgiu em Cascais há mais de 70 anos e levou à criação de uma das marcas de gelados mais icónicas do país. A primeira loja abriu em 1949, e ainda hoje se mantém fiel às raízes.
“Todos os sabores cumprem o mesmo receituário que o meu avô deixou quando abriu a loja em 49. Variam, se calhar, os ingredientes, mas é feito da mesma maneira e cumprindo a mesma tradição”, conta Eduardo Santini, atual responsável pela marca.
No centro de Lisboa, encontramos um exemplo mais recente: a Gelataria Fresco, que abriu há dois anos e também aposta no fabrico próprio. Sandro Spergort, responsável pelo espaço, destaca a formação e a atenção ao detalhe:
“Os nossos técnicos são formados em Bolonha. Todo o processo, desde o fabrico, o armazenamento até à temperatura ideal para conservar o gelado, faz com que ele seja muito diferente de um gelado encontrado num mercado.”
Os gelados italianos artesanais são apreciados tanto por portugueses como por turistas.
No que toca aos sabores, o pistáchio é o mais pedido, mas os gelados de fruta mantêm-se entre os favoritos. Eduardo Santini confirma: “O morango é o nosso gelado mais vendido. De há dois anos para cá, surgiu o pistáchio, também muito bom e vendemos imenso.”
Mesmo com os clássicos a liderar as preferências, as redes sociais estão a influenciar a produção. Novos sabores surgem em resposta a modas, como o fenómeno do "chocolate do Dubai", que gerou uma verdadeira corrida às gelatarias que ousaram experimentar a tendência.