Abel encontrava-se no outro elevador, que estava na parte inferior da calçada, quando o descarrilamento aconteceu. Relata que o funicular terá subido cerca de cinco a seis metros, mas, de repente, ouviu-se "grande estrondo e um fumo muito preto".
O elevador caiu e bateu contra a proteção. Muitos dos passageiros que iam em pé caíram no chão e o pânico instalou-se. “Ele só sobe uns quatro ou cinco metros para cima e ouve-se um grande estrondo e um fumo muito preto (...) Depois este bateu aqui [na proteção], as pessoas caíram para chão e era tudo a gritar dentro do elétrico.
Abel conta que duas pessoas saltaram pela janela e o resto conseguiu abrir a porta e fugir. Emocionado, relata que quando subiu para tentar ajudar o cenário que viu era de tragédia total.
O último balanço das autoridades aponta para 17 mortos e 21 feridos. O Instituto de Medicina Legal reforçou as equipas para acelerar as autópsias, que garante estarem concluídas até ao final da manhã de quinta-feira.
O Governo decretou um dia de luto nacional e Carlos Moedas três para Lisboa na sequência do acidente que é já manchete em jornais de referência pelo mundo fora.