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“Quando se fala da sobrelotação do elevador é uma falsa questão”, diz dirigente sindical dos trabalhadores da Carris

Vítor Santos, dirigente da Associação Sindicados dos Trabalhadores da Carris, afirma que a lotação é controlada pelo guarda-freio e que o elevador da Glória esteve recentemente parado para uma manutenção que durou cerca de dois meses.

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Vítor Santos, dirigente da Associação Sindicados dos Trabalhadores da Carris, rejeita que o acidente com o elevador da Glória esteja relacionado com problemas de sobrelotação.

Em entrevista à SIC Notícias, esta quinta-feira, explicou que há uma lotação definida para o ascensor, que ronda as 40 pessoas, e que esse limite é respeitado e controlado pelo guarda-freio.

“Há sempre uma fila constante para entrar, mas o guarda-freio controla as entradas e não permite que entrem mais pessoas. Quando se fala de sobrelotação é uma falsa questão”, afirmou.

Questionado ainda sobre a manutenção dos equipamentos, que tem sido alvo de algumas críticas nas últimas horas, o sindicalista lembrou que o elevador esteve parado recentemente, cerca de dois meses, para trabalhos de reparação e manutenção.

“Sei que houve manutenção, mas não posso garantir em concreto o que foi feito. Agora, pôr em causa todo o trabalho de segurança é algo que não posso garantir”, disse.

Nas declarações à SIC Notícias, Vítor Santos revelou que manteve conversas durante a noite de ontem com os colegas, que não lhe relataram qualquer problema grave relacionado com o elevador acidentado.

O elevador da Glória, um dos ícones turísticos de Lisboa, sofreu ontem um acidente que resultou em 16 mortes e mais de 20 feridos, cinco deles em estado grave. Entre as vítimas estão passageiros de, pelo menos, dez nacionalidades.